Principais ameaças


As zonas ripícolas são afetadas por variadas atividades humanas e perturbações naturais. A degradação da zona ripícola afeta gravemente não só a qualidade da água, mas também a diversidade biológica.


Os ecossistemas ribeirinhos estão gravemente ameaçados, à escala mundial, devido a atividades agrícolas, urbanização, alteração do regime de caudais, decorrentes, por exemplo, da construção de infraestruturas (ex.: barragens, diques e transvases), poluição, invasões biológicas, sobre-exploração, incêndios florestais, doenças e pragas, alterações climáticas, sendo que estas agravam as demais pressões de origem humana ao nível dos recursos hídricos, exacerbando a sua perda e degradação.


Pandey et al. (2022)

Florestas ribeirinhas: impacte de exóticas

Os rios e as zonas ribeirinhas são ambientes muito vulneráveis à colonização por espécies exóticas, uma vez que dispõem de condições privilegiadas para a dispersão de sementes e propágulos a grandes distâncias. A existência de água e nutrientes proporcionam um ambiente favorável para a maioria das espécies exóticas.


Foram encontradas mais de 100 espécies exóticas nas margens e no leito dos nossos rios, sendo menos de 10% aquáticas ou emergentes e as restantes terrestres. Menos de 20 espécies exóticas poderão considerar-se invasoras, formando populações abundantes que se reproduzem sem intervenção humana direta, causando graves prejuízos ambientais e/ou económicos.

 
Entre as invasoras mais problemáticas estão a cana (Arundo donax), a árvore-do-céu (Ailanthus altissima) e a mimosa (Acacia dealbata), que levam ao declínio ou mesmo a extinção local das populações nativas.



Acacia dealbata - Mimosa