Restauro de áreas degradadas
A degradação dos ecossistemas afeta atualmente 75% da superfície terrestre, com impacto negativo no bem-estar de pelo menos 3,2 mil milhões de pessoas, custando mais de 10% do produto global bruto anual em perda de biodiversidade e serviços do ecossistema, afetando desde logo a produtividade primária.
- Melhorar o estado dos ecossistemas que fornecem serviços essenciais para a saúde, a subsistência e o bem-estar humano;
- Promover o equilíbrio entre prioridades ecológicas, sociais e de desenvolvimento;
- Aumentar a conservação, a recuperação e a gestão sustentável dos ecossistemas, aumentando a conectividade à escala da paisagem, envolvendo uma gestão adaptativa e garantindo a resiliência a longo prazo;
- Convocar a comunidade internacional, incluindo atores governamentais e não-governamentais, agências da ONU e a sociedade civil.
As designações de restauro, reabilitação, renaturalização, recuperação, requalificação, remediação e regularização fluvial são, muitas vezes, usadas com significados idênticos. Contudo, existem importantes diferenças na definição de conceitos que deverão ser ajustados à tipologia de intervenção.
Para lograr o restauro das áreas degradadas serão precisas uma serie de ações de restauro, as quais pretendem atingir um estado original não perturbado, i.e. as condições de referência, através de dados históricos.
Existe uma gama alargada de ações de reabilitação fluvial que, muitas vezes, complementam as obras de engenharia civil e sanitária. Conferem algum retorno aos aspetos de funcionalidade fluvial mas sem o objetivo de atingir um estado “original” ou de referência.
Cortes et al. (2019)
Como fazer um projeto de restauro?
Um projeto de restauro deve obedecer a uma sequencia de trabalhos e contar com a contribuição de participantes oriundos de vários setores.
O projeto deve ser tecnicamente adequado, aceitável do ponto de vista socioambiental e comportável para as condições financeiras existentes.
O projeto deverá constar das seguintes fases (Cortes et al. 2019):